Uma Aventura Lego 2 deixa a desejar

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Nem tudo é incrível em Uma Aventura Lego 2. A continuação da saga de Emmet tem início justamente ao final do primeiro longa, e conta com a invasão do perfeito universo Lego pela irmã mais nova, ainda bem jovem, e que ameaça destruir a civilização mais ou menos ordeira em que Emmet vivia.

Não à toa, o cenário muda para algo mais próximo da distopia tóxica de Mad Max do que dos mundos organizados. E Emmet se recusa a mudar, continuando sendo um meigo construtor, alheio ao declínio do mundo: o que afetou todos seus amigos não o impediu de ainda pensar em uma casa com uma sala de waffles e torradas. Esse é o enredo de Uma Aventura Lego 2

O fator wow presente na primeira animação, que conseguiu ser mantida no derivado do Lego Batman infelizmente se perdeu. Muito pouco ou quase nada de surpresa consegue atingir o público, especialmente depois que a quarta barreira foi quebrada ao final do primeiro capítulo.

Com o pai e o filho presentes, não é surpresa nenhuma a filha começar a alterar as facetas do universo ficcional dos bloquinhos montáveis. E mais, fica óbvio que o tempo decorrido e o abandono dos personagens nada mais é do que um reflexo da adolescência do filho; como o que acontece em Toy Story e em Divertidamente, mas sem as camadas Pixar e a magia Disney. 

Sem dúvida é possível se divertir com o filme, que acaba voltado não tanto para o entretenimento, mas para o universo dos blocos, sua adequação à diversas idades e a possibilidade de conciliar mais de um tipo de diversão.

Enquanto o primeiro se valia das pecinhas para contar uma história, esse se vale da história para exaltar seus bloquinhos e sua jogabilidade. Mais maduro e com menos surpresas, Uma Aventura Lego 2 passa facilmente despercebido e acaba deixando a desejar.