‘Moonlight: Sob a Luz do Luar’ glorifica e justifica ciclo de violência em forma de filme

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Moonlight: Sob a Luz do Luar não chama atenção pela sinopse, mas ao levar o Oscar, ganhou duas horas da vida do público e foram duas horas perdidas. O filme é tão enganador que até o subtítulo em português faz referência a uma única cena – talvez a única que valha a pena de ser vista. 

Um filme sobre o ciclo da violência e da marginalização. Como muitos outros, diga-se de passagem – e lembrou muito o filme Preciosa. Importante destacar que não fica claro o propósito o filme. Ritmo lento, dividido em 3 fases da vida do protagonista, atuação normal por 15 minutos para o Oscar de coadjuvante e nada de empolgar. Por qual razão o cinema glorifica a violência e a marginalização? 

Seria importante se alguém conseguisse explicar o que diferencia esse filme – sem ofensa, porque pareceu o pedido de desculpas de Hollywood para o #oscarsowhite do ano anterior. Teóricos do cinema sempre acham algo bom a falar dos filmes vencedores, mas um filme chato desse não merece nem a tinta da crítica.

Hollywood está cheio de bons atores, diretores e produtores negros, e se o propósito é simplesmente premiar uma obra por conta da sua filiação racial, que se premiê então algum dos ótimos filmes do Spike Lee, ou Denzel Washington. O racismo é sério, e Los Angeles está imersa nesse racismo desde a fundação de Hollywood, mas isso não é pretexto para premiar um filme ruim e que nada acrescenta.

Isso, aliado ao fato da Disney ser sócia majoritária, está tirando a credibilidade da academia e a graça de ver a premiação do Oscar, que está se tornando um clubinho de amigos.