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Esse é o detalhe na abertura de Vale Tudo que não passou despercebido pelo público mais atento

O primeiro capítulo do remake já mostrou algumas mudanças em relação ao roteiro original da trama.

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O remake de Vale Tudo mal estreou e já chamou a atenção dos telespectadores mais atentos com um detalhe sutil, porém carregado de simbolismo na abertura da novela. Enquanto os créditos se desenrolavam na tela, o nome de Débora Bloch — que interpreta a nova versão da inesquecível vilã Odete Roitman — surgiu exatamente no momento em que indígenas calçavam chinelos.

A coincidência, longe de ser aleatória, foi interpretada por muitos como uma homenagem irônica a uma das falas mais emblemáticas da personagem original, eternizada por Beatriz Segall em 1988.

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Fãs perceberam a referência

Segundo a redação do Notícias da TV, a associação imediata veio das redes sociais, onde usuários rememoraram uma cena que se tornou cult com o passar dos anos. Nela, Odete demonstrava desprezo pela língua portuguesa e citava a palavra “chinelo” como exemplo de sua suposta vulgaridade. O momento ficou ainda mais marcante quando foi contestada por Heleninha (Renata Sorrah), que retrucou mencionando o termo francês “pantoufle”, igualmente incômodo aos ouvidos refinados da vilã. Esse trecho voltou a circular com força após a estreia da nova versão da novela, reacendendo o fascínio do público pela figura elitista e arrogante de Odete.

O perfil identificado como Jão foi um dos primeiros a notar a escolha milimétrica da abertura. “Ai, o nome da Odete aparecendo junto quando aparece os chinelos”, escreveu ele na plataforma X (antigo Twitter), ao compartilhar o trecho. A postagem viralizou e outros internautas também elogiaram a sagacidade da edição. “Quem editou essa abertura foi muito perspicaz”, comentou Mi. Já Cal apontou que, para manter a essência da personagem, a nova Odete precisaria demonstrar fluência impecável em idiomas estrangeiros, livre de qualquer sotaque. “Ela é o tipo de pessoa que detestaria brasileiro falando outro idioma com sotaque”, escreveu.

Mesmo antes de dizer qualquer palavra na nova trama, a Odete de Débora Bloch já conseguiu deixar sua marca, apenas com uma aparição visual estrategicamente posicionada. A brincadeira entre a imagem e a memória afetiva dos fãs da novela original mostra o cuidado da produção em dialogar com o passado ao mesmo tempo em que propõe uma releitura atualizada. Esse tipo de referência sutil pode passar despercebido por muitos, mas é um prato cheio para os admiradores da obra clássica e reforça a inteligência narrativa por trás do remake.

Mudanças no remake de Vale Tudo

Essa abertura espirituosa se soma às demais atualizações promovidas por Manuela Dias no primeiro capítulo da nova versão de Vale Tudo. A autora trouxe elementos contemporâneos não apenas nos figurinos, cenários e uso de tecnologia, mas também no perfil psicológico dos personagens. Raquel, vivida por Taís Araújo, é uma mulher mais assertiva e empoderada, que não hesita em revidar a agressão do marido — um contraste direto com a passividade da personagem original, interpretada por Regina Duarte. Já Maria de Fátima (Bella Campos) foi envelhecida para estreitar a conexão com César (Cauã Reymond), tornando o jogo de sedução mais crível e imediato.

O remake, portanto, não se limita a uma simples transposição da história para os dias atuais. Ele também se propõe a fazer graça com sua própria herança, criando pontes entre o clássico e o contemporâneo por meio de detalhes como esse na abertura. A escolha de associar o nome da nova Odete a um elemento que tanto incomodava a vilã original é, ao mesmo tempo, um gesto de reverência e uma piscadela bem-humorada para os fãs de longa data da novela.
 

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