Beleza Fatal traz uma narrativa repleta de elementos já conhecidos pelo público das novelas, mas isso não é um problema. Pelo contrário, a trama da Max aposta em um formato clássico sem a necessidade de reinventar o gênero.
Conforme Fábio Augusto, do Observatório da TV, nem toda novela precisa ser inovadora para ser envolvente, desde que apresente uma história coerente e respeite a inteligência do espectador. Com o desenrolar dos capítulos, a história se torna cada vez mais cativante, repleta de reviravoltas que prendem a atenção.
Fórmula de sucesso em Beleza Fatal
Ainda segundo Fábio Augusto, mesmo seguindo uma fórmula já explorada em diversas novelas, Beleza Fatal traz um diferencial que falta nas tramas recentes da Globo: uma vilã memorável. Camila Pitanga assume o papel de Lola, uma mulher sagaz, carismática e completamente disposta a tudo para se manter no topo.
Com frieza, a antagonista manipula, humilha e elimina qualquer obstáculo em seu caminho. Atualmente, as vilãs das novelas globais costumam ser mais sutis, com nuances que suavizam sua vilania. No entanto, Lola se impõe como uma vilã clássica, sem hesitação em seus atos cruéis, reforçou o colunista.
Globo teve vilãs memoráveis que faltam em novelas atuais
Ao longo de apenas 20 capítulos, a personagem já causou a morte de quatro pessoas, consolidando seu perfil de antagonista impiedosa. Vilãs cruéis sempre conquistam o público, tornando-se inesquecíveis, como Nazaré, de Senhora do Destino; Bia Falcão, de Belíssima; e Carminha, de Avenida Brasil. Esse é um dos grandes trunfos da novela escrita por Raphael Montes, que construiu Lola (Camila Pitanga) de forma marcante.
O desempenho de Camila Pitanga é um dos pontos altos da produção. Ao longo de sua carreira, a atriz se destacou principalmente em papéis de mocinhas, tendo experimentado um pouco da vilania em Porto dos Milagres e Paraíso Tropical. No entanto, com Lola, ela finalmente tem a oportunidade de explorar um lado mais sombrio e intenso, demonstrando um talento impressionante.