O deputado federal Mario Frias (PL-SP) utilizou suas redes sociais para criticar políticos de direita que celebraram a vitória da atriz Fernanda Torres no Globo de Ouro. Torres foi premiada na categoria de melhor atriz de drama pelo filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, que aborda o sequestro e assassinato do ex-deputado Rubens Paiva durante a ditadura militar brasileira.
Frias, ex-ator e ex-secretário de Cultura no governo de Jair Bolsonaro, afirmou que o prêmio não representa uma vitória para o Brasil. Segundo ele, o filme seria baseado em uma “ficção e desinformação da esquerda brasileira” sobre uma “ditadura inexistente”. O parlamentar argumentou que a obra busca distrair o público com perigos de uma ditadura que, em sua visão, não ocorreu, enquanto os mesmos indivíduos apoiariam uma ditadura real que estaria reprimindo cidadãos atualmente.
Posicionamento sobre políticos de direita
Em outra publicação, Frias direcionou suas críticas a políticos de direita que parabenizaram Fernanda Torres pela conquista. Ele classificou esses colegas como hipócritas, alegando que buscam reconhecimento da elite esquerdista brasileira. Para o deputado, tais políticos estariam demonstrando um falso virtuosismo e tentando aparentar moderação na esperança de obter algum tipo de atenção ou respeito por parte da esquerda, que, segundo ele, não lhes concederia consideração.
https://twitter.com/mfriasoficial/status/1876290488782737494
Repercussão nas redes sociais e contexto do filme
As declarações de Mario Frias geraram debates nas redes sociais, com usuários divididos entre apoio e críticas às suas posições. Enquanto alguns concordaram com a visão do parlamentar sobre o filme e a premiação, outros defenderam a importância do reconhecimento internacional para a cultura brasileira e a relevância histórica do tema abordado na obra cinematográfica.
O filme Ainda Estou Aqui tornou-se uma das maiores bilheterias nacionais de 2024. A produção retrata a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi assassinado em 1971 durante a ditadura militar. A narrativa foca na luta de Eunice para manter viva a memória de seu marido em meio à repressão do regime militar brasileiro.