A jornalista Julieta Amaral, conhecida por ser a primeira apresentadora negra de um telejornal no Rio Grande do Sul, faleceu na noite desta sexta-feira (25), aos 62 anos. Ela lutava contra um câncer agressivo no pâncreas há pelo menos três anos e estava em tratamento no setor oncológico do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre.
Nos últimos dias, complicações agravaram seu quadro, o que levou ao seu falecimento, segundo familiares em comunicado à imprensa. Com uma carreira que se estendeu por 40 anos, Julieta deixou um legado significativo no jornalismo brasileiro.
Apresentadora da Globo morre no RS
Julieta passou por diversos veículos de comunicação, incluindo o Jornal Agora e a RBS TV, onde atuou como repórter, apresentadora e coordenadora de jornalismo. A profissional cobriu importantes eventos, entre eles o acidente de um navio de grande porte que carregava 12 mil toneladas de ácido sulfúrico no Porto de Rio Grande em 1998.
Sua morte foi lamentada por entidades como o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj). Em nota conjunta, ambas destacaram o papel inspirador de Julieta para o jornalismo feminino e sua importância como uma das principais referências para jornalistas negros no estado.
Nota oficial de lamento
“Julieta foi uma das maiores referências de jornalismo feminino no interior do Rio Grande do Sul e um dos pilares como uma mulher negra que fez história”, diz a nota do SindJoRS e Fenaj. Além de sua atuação profissional, Julieta foi vista como uma inspiração para mulheres negras de diferentes gerações.