Cantora Marina Lima lamenta perda do irmão, que escolheu morte assistida na Suíça

Poeta e membro da ABL, Antonio Cícero, diagnosticado com Alzheimer, optou pela morte assistida; prática é proibida no Brasil.

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A cantora Marina Lima, de 69 anos, usou suas redes sociais nesta sexta-feira (25) para compartilhar um momento de luto pela perda do irmão, o escritor Antonio Cícero, que faleceu aos 79 anos, após optar pela morte assistida na Suíça. 

Em sua mensagem no Instagram, Marina agradeceu aos amigos e fãs pelo apoio e afirmou estar em paz com a decisão do irmão. Segundo a cantora, ela está se sentindo bem, dentro do possível. Marina demonstrou força para seguir na música e anunciou uma próxima apresentação no Circo Voador.

Escritor já havia optado pelo procedimento

O poeta, que era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), partiu para a Suíça na companhia de seu marido, Marcelo Pies, onde realizou o procedimento na última quarta-feira (23). O colunista Lauro Jardim revelou que Cícero, diagnosticado com Alzheimer, já vinha planejando essa despedida, tendo enviado documentos necessários e confidenciando ao companheiro que desejava manter o processo privado.

Nos últimos dias, Cícero fez uma breve viagem a Paris para se despedir da cidade que tanto admirava. A decisão final sobre seu destino foi tomada com serenidade, deixando claro o desejo de ser cremado, com suas cinzas trazidas por Marcelo ao Brasil, para serem guardadas entre aqueles que o amavam.

Em meio à despedida do irmão, Marina Lima dedica música

Marina trouxe aos seguidores trechos de Próxima Parada, música que compôs ao lado de Cícero. A canção traz uma reflexão poética, simbolizando a vida e o destino humano como uma viagem em busca do extraordinário. “Eu sei onde é que estão as coisas doces da estrada”, diz a letra da música. Em uma carta, Cícero se despediu dos amigos com uma leveza poética e um toque de vulnerabilidade, expressando que, diante da doença, sentia vergonha de se reencontrar com eles.