Morreu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, José Adilson Rodrigues dos Santos, que ficou conhecido popularmente como Maguila. Ele se tornou um dos maiores boxeadores do Brasil e ficou famoso por ter uma das direitas mais pesadas.
Maguila vinha lutando há anos contra uma encefalopatia traumática crônica, conhecida como demência pugilística. Irani Pinheiro, esposa do ex-lutador, confirmou a morte de seu marido em uma entrevista à Record.
O ex-atleta nasceu em Aracaju e lutou por cerca de 17 anos, chegando a conquistar 77 vitórias, das quais 61 foram por nocaute. Ele perdeu apenas sete vezes e teve um empate técnico, tornando-se referência para muitos jovens lutadores.
Maguila foi diagnosticado há alguns anos com ETC – encefalopatia traumática crônica, doença causada pelas muitas concussões que ele sofreu ao longo de sua carreira. O cérebro do ex-atleta será doado à USP para que os pesquisadores possam estudar os impactos sofridos na cabeça.
Maguila conquistou fãs de todas as idades
Além de ganhar fãs que eram amantes do esporte, Maguila também conquistou o público com seu jeito cativante. Ele começou a se interessar pelo boxe após assistir na casa do vizinho, algumas lutas de Éder Jofre.
Em entrevista ao Globo Esporte, em 2015, Maguila falou sobre como se interessou pelo esporte. “Eu me interessei por boxe porque eu sempre fui fã do Muhammad Ali, do Cassius Clay. Sempre fui fã dele e disse: vou lutar boxe“, declarou.
Maguila enfrentou muitas dificuldades na adolescência
Quando tinha 14 anos, Maguila foi para São Paulo e começou a trabalhar como ajudante de pedreiro, enfrentando muitas dificuldades na capital paulista. Ele disse que ficou alguns meses comendo apenas pão com banana.
“Minha morada era um caminhão abandonado no Butantã, desses que carregam entulho. Quando o dono descobriu que eu dormia lá, tirou o caminhão, e eu fiquei (dormindo) no poste“, revelou o lutador em seu documentário, lançado na década de 80. No X, antigo Twitter, fãs e amigos prestam as últimas homenagens ao ex-atleta.