O nome real do cantor sertanejo Leonardo, que é Emival Eterno da Costa, foi inserido pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho, na chamada “lista suja“ do trabalho escravo em território brasileiro. Fiscais realizaram uma varredura na Fazenda Talismã, pertencente ao músico, na cidade de Jussara, no interior do estado de Goiás, em novembro de 2023.
Dentro da propriedade, os fiscais relataram “condições degradantes” às quais alguns trabalhadores eram submetidos. Por conta disso, o caso foi enquadrado como “escravidão contemporânea”. O nome de Leonardo se junta a um total de 176 novos nomes que foram inseridos na “lista suja” da escravidão no Brasil, que, agora, conta com 727 empregadores.
Trabalhadores foram encontrados em condições degradantes de trabalho
Os fiscais relataram uma série de irregularidades às quais os trabalhadores eram submetidos. As camas nas quais dormiam eram improvisadas por cima de galões de agrotóxicos, dentro de uma casa abandonada. O local não possuía banheiro, nem água.
Além disso, os fiscais relataram no laudo que o local exalava um “odor forte e fétido”. O espaço ainda acumulava infestações de pragas, como insetos e formigas. Ao todo, seis funcionários, incluindo um adolescente de 17 anos de idade, eram submetidos a essas condições.
Leonardo se defende das acusações
Em contato com o jornal O Globo, a assessoria de imprensa de Leonardo disse que, embora a propriedade realmente pertencesse a ele, ela havia sido arrendada para um produtor rural de soja. O caso já teria sido julgado, e os trabalhadores indenizados.
Por esse motivo, os representantes do cantor sertanejo acreditam que tenha havido um erro com a inclusão do músico na chamada “lista suja”. Consequentemente, seus assessores informaram que uma ação deve ser distribuída na Justiça para o devido esclarecimento dos fatos.