O ator Cláudio Corrêa e Castro, falecido há mais de 17 anos, segue sendo lembrado por suas atuações memoráveis na teledramaturgia brasileira. Entre seus trabalhos de destaque, estão personagens icônicos como Normando Castor, o agiota divertido de “O Cravo e a Rosa”, e o ambicioso banqueiro Conde Klaus Von Burgo, de “Chocolate com Pimenta”, novelas que foram reprisadas nos últimos anos e mantiveram viva sua presença na memória dos telespectadores.
Ao longo de sua carreira, Cláudio participou de mais de 50 novelas, majoritariamente na TV Globo, onde se destacou como um coadjuvante talentoso e versátil. Seus papéis ficaram marcados por sua habilidade de imprimir carisma e humor em personagens de diferentes perfis. Além da TV, Cláudio também se aventurou no teatro, cinema e até na ilustração, demonstrando sua multiplicidade artística. No entanto, apesar do sucesso, ele enfrentou dificuldades financeiras e de saúde nos últimos anos de vida, o que o levou a buscar abrigo no Retiro dos Artistas, uma instituição que acolhe artistas idosos em situação de vulnerabilidade.
Cláudio enfrentou problemas financeiros
No momento em que foi escalado para “Chocolate com Pimenta” (2003), Cláudio enfrentava um período difícil, marcado por problemas financeiros e de saúde, além de um recente divórcio. Com dívidas acumuladas e a necessidade de deixar sua casa em Niterói, ele se viu sem opções e decidiu se mudar para o Retiro dos Artistas.
Nas entrevistas da época, o ator confessou que nunca soube administrar suas finanças, admitindo que gastava sem controle e que as dívidas se tornaram sua principal preocupação. A oportunidade de voltar à TV com “Chocolate com Pimenta” trouxe um alívio financeiro, já que ele passou a receber o salário integral da Globo, o que permitiu custear seus tratamentos médicos.
Cláudio morreu em 2005
Após o sucesso em “Chocolate com Pimenta”, Cláudio ainda fez participações em “Senhora do Destino” (2004) e no humorístico “Zorra Total” (2004-2005). No entanto, sua saúde continuou debilitada, e ele faleceu em 16 de agosto de 2005, aos 77 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos após complicações de uma cirurgia cardíaca.