‘Operação Fronteira‘ é um filme de guerra diferente, muito mais focado nos efeitos da guerra do que na guerra em si. No novo lançamento da Netflix, um grupo de amigos formados na guerra e reinseridos na sociedade se reúne a fim de cometer um ato criminoso contra um chefe do narcotráfico na América do Sul e com isso enriquecer e fazer justiça. Ou ao menos é isso com o que eles concordam.
Estrelas
Recheado de estrelas como Oscar Isaac, Ben Affleck, Pedro Pascal e Charlie Hunnam, Operação Fronteira parece trazer à discussão temas como mérito, valor próprio, legado, companheirismo e honra. Ainda que movidos por objetivos comuns, no final do dia todos os homens tem seus sonhos, suas limitações e suas carências, e situações extremadas como a Guerra podem trazer tanto o melhor quanto o pior de cada um.
A presença ou ausência de uma bússola moral é o que acaba fazendo a diferença nas escolhas individuais, e as consequências dessas escolhas se fazem sentir ao longo do filme. Como soldados de elite voltam pra casa pra terem baixos salários e vidas comuns depois de decidirem guerras e influenciarem países? Alguns se mantém acreditando na missão e no bem maior do que fazem, outros na vocação e seu valor e outros simplesmente não pensam. Mas a todos o poder contagia e sua ausência os castiga.
Introspectivo
No fim, um filme mais introspectivo do que barulhento, Operação Fronteira acaba por tratar de diversos temas, sem se propor a resolver nenhum deles, deixando o filme com um sentimento de inacabado ao seu final, não sendo nem um espetáculo, nem tampouco um filme ruim, e certamente dividirá opiniões.