A investigação da Polícia Civil do Amazonas, envolvendo a seita liderada pela mãe e irmão de Didja Cardoso, foi concluída. Cleusimar e Ademar Cardoso foram formalmente acusados de mais de uma dezena de crimes, entre tortura e tráfico. As informações são do site G1.
As autoridades vinham apurando a suspeita de que os dois estavam à frente de uma seita, que, supostamente, coagia funcionários de um salão de beleza, estabelecido por Didja, a consumir drogas.
Delegado expôs detalhes do caso envolvendo Didja Cardoso
Conforme detalhou o delegado Cícero Túlio, responsável pelas investigações, Cleusimar, Ademar e outras quatro pessoas suspeitas de participar do esquema organizavam “cultos religiosos utilizando entorpecentes”. As investigações revelaram que o grupo planejava abrir uma clínica veterinária, para facilitar o acesso a medicamentos. Também foi apurado que Didja teria sido vítima de atos de tortura.
Didja Cardoso foi torturada antes da morte, aponta investigação
Segundo informações apuradas pelo UOL, a polícia descobriu vídeos gravados por Cleusimar que mostravam a ex-sinhazinha sendo submetida a atos de tortura. A depressão cardiorrespiratória de Didja é atribuída às sessões de tortura que ela teria sofrido.
O grupo enfrenta uma extensa lista de acusações, totalizando 14 tipos de crimes, incluindo tortura seguida de morte, exercício ilegal da medicina, favorecimento real e pessoal, constrangimento ilegal, sequestro e cárcere privado, curandeirismo, charlatanismo, perigo para a vida ou saúde de outros, associação para o tráfico, tráfico de drogas, e falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais. Ademar Cardoso foi denunciado por uma ex-parceira pelos crimes de estupro de vulnerável e aborto provocado sem consentimento da vítima.