Os telespectadores que estão acompanhando a novela Renascer verão nos próximos capítulos uma reviravolta emocionante e uma homenagem ao personagem original de Buba, que foi ao ar na trama de 1993.
No remake, o bebê de Teca (Lívia Silva) será revelado como uma criança intersexo, uma trama inovadora criada por Bruno Luperi para abordar e esclarecer aspectos que não foram explorados há três décadas.
Médico sugere cirurgia e debocha da escolha de Buba
Quando o bebê nasce, a surpresa inicial surge durante o primeiro exame, quando Augusto (Renan Monteiro) observa características genitais ambíguas. Levando a criança para avaliação especializada, a confirmação vem: o bebê é intersexo. O médico sugere então que a família deve tomar rapidamente uma decisão sobre o gênero do bebê, para que procedimentos médicos e burocráticos possam ser organizados, incluindo a emissão da certidão de nascimento.
A situação se complica quando o médico, de forma pouco sensível e profissional, debocha das preocupações de Buba (Gabriela Medeiros), fazendo uma comparação inapropriada que sugere uma simplicidade na escolha do gênero da criança que não existe na realidade. “É como diz um cirurgião amigo meu: ‘É mais fácil cavar um buraco que levantar um poste!’“, ele comenta, reduzindo uma questão complexa de identidade de gênero a uma escolha cirúrgica trivial.
Essa declaração desencadeia uma resposta firme de Buba, que defende veementemente o direito do bebê de crescer sem uma definição de gênero prematura ou uma intervenção cirúrgica desnecessária. “Não estamos aqui atrás do mais fácil, estamos atrás do melhor pra essa criança! E o melhor é preservarmos o direito dela exercer o gênero dela naturalmente“, ela responde, destacando a importância de respeitar o desenvolvimento natural da criança.
Médico debocha novamente
Segundo Carla Bittencourt, colunista do Notícias da TV, ao perceber que Buba não irá autorizar uma cirurgia no bebê, o médico voltará a ser irônico: “E o que eu coloco na certidão? Nascide?“, dirá ele.
Apesar do choque e da confusão inicial, Teca, com o apoio de Buba e Augusto, decide não se deixar levar pela pressão do médico. Eles escolhem registrar o bebê sem definir o gênero e optam por um nome neutro, Cacau, refletindo uma escolha consciente e respeitosa que permite à criança explorar sua identidade de gênero no seu próprio tempo.