Em um momento marcante dos próximos capítulos de Renascer, o público testemunhará uma cena singular envolvendo José Inocêncio e uma grande imagem de Nossa Senhora adquirida especialmente para Maria Santa, prestes a dar à luz.
Segundo Márcia Pereira, colunista do Notícias da TV, a trama se desenrola quando o fazendeiro, interpretado por Humberto Carrão, decide combinar o sagrado com o profano ao colocar sua garrafa contendo o cramulhão no mesmo altar da Virgem Maria. Este ato inusitado provoca reações de horror e desaprovação entre sua esposa e os empregados da fazenda.
Cena mostrará o cramulhão dançando
A situação ganha uma nova dimensão quando, atendendo aos pedidos de Maria Santa, vivida por Duda Santos, José Inocêncio se vê compelido a encontrar um novo local para o diabinho engarrafado. O autor Bruno Luperi, responsável pela adaptação do texto original de Benedito Ruy Barbosa, descreve uma cena que se pretende ser de libertação, apesar das circunstâncias peculiares. A descrição detalhada sugere uma atmosfera onde, mesmo confinado, o cramulhão parece ganhar uma espécie de liberdade efêmera, dançando à luz das velas diante da imagem sagrada.
A narrativa se aprofunda quando José Inocêncio, confrontado pelo oratório, reflete sobre a presença dualista em sua vida, entre a bênção e a maldição, entre o divino e o profano. As falas do personagem revelam um reconhecimento de uma dívida de gratidão para com o cramulhão por anos de prosperidade nas suas terras, ainda que esta gratidão venha acompanhada de um certo pesar pela necessidade de separar o profano do sagrado. A cena promete ser carregada de simbolismo, retratando a complexa relação do fazendeiro com suas crenças e superstições.
José Inocêncio encontra novo esconderijo para o cramulhão
O desfecho da cena prevê uma solução criativa por parte de José Inocêncio, que, mantendo seu humor característico, encontra um novo esconderijo para o cramulhão, em um móvel próximo ao altar, de onde o diabo poderá observar os acontecimentos da casa sem ser notado. Este momento simboliza não apenas a resolução de um conflito doméstico, mas também a continuidade da influência mística e supersticiosa que permeia a vida do coronelzinho e de sua família. A interação final do personagem com o cramulhão, prometendo liberdade temporária em troca de bênçãos nas plantações, reforça a complexidade das relações humanas com o divino e o profano, tema recorrente na trama.