O influenciador digital Renato Cariani foi alvo de mandados de busca e apreensão concretizados pela PF (Polícia Federal). O foco da operação diz respeito à empresa Anidrol, uma indústria farmacêutica localizada em Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo, da qual o fisiculturista é sócio. As suspeitas são de que um produto químico utilizado para a confecção de crack tenha sido desviado desta em benefício ao tráfico de drogas.
Os mandados foram cumpridos pela PF durante a manhã desta terça-feira, dia 12 de dezembro. A mansão onde mora Renato Cariani, que conta com mais de sete milhões de seguidores nas redes sociais, também foi alvo dos trabalhos. Ao todo, 18 ações de busca e apreensão são concretizadas, sendo 16 em São Paulo, uma em Minas Gerais e outra no Paraná.
Farmacêutica ligada a Renato Cariani é investigada pela PF
A operação foi realizada em conjunto entre a PF, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado) – órgão vinculado ao Ministério Público – e RFB (Receita Federal do Brasil). Outro nome forte da investigação é Fabio Spinola, que já foi preso em crime semelhante a este. Em sua residência, os agentes localizaram R$ 100 mil em espécie. As análises feitas pela PF indicam ele como o intermediador entre a indústria química apontada e o tráfico de drogas.
No avançar da investigação, a PF concluiu que os produtos químicos desviados seriam capazes de produzir entre 12 a 16 toneladas de crack. Tanto a PF quanto o MP foram favoráveis à decretação da prisão preventiva dos investigados, mas o Poder Judiciário não a acatou.
Entenda os bastidores da investigação
A investigação foi deflagrada no ano de 2022, quando uma farmacêutica multinacional avisou a PF sobre uma notificação indevida que recebeu da RFB. O alerta dizia respeito a notas fiscais faturadas em seu nome, com pagamento em dinheiro, sem a devida declaração. A empresa em questão negou a aquisição de tais produtos; descartou negócios com os fornecedores; e alegou desconhecimento quanto aos supostos compradores.
Com base nisto, a PF iniciou as investigações, descobrindo que, entre 2014 a 2021, o grupo emitiu e faturou notas falsas em nomes de grandes empresas, como AstraZeneca, LBS e Cloroquímica. Em linhas gerais, sem o conhecimento destas empresas, a farmacêutica investigada emitia notas falsas com o intuito de esconder a verdadeira destinação dos materiais, que, segundo a PF, seria o tráfico de drogas.
Por enquanto, Renato Cariani nada afirmou em seus perfis nas redes sociais.