A sétima temporada de The Blacklist começou com tudo praticamente resolvido, sem muito mistério, cenário completamente oposto das temporadas anteriores. O cenário até aqui era cheio de mistérios que cercavam os principais personagens, principalmente Elizabeth Keen, Tom, Raymond Reddington e Dembe.
Se antes o objetivo é cativar o interesse do público em relação aos objetivos e identidade de Reddington, a sétima temporada já entrava com todas essas questões respondidas e apenas uma personagem para ser explorada: Katarina Rostova. Porém, em mais uma reviravolta daquelas, a série colocou na cabeça do público um dilema frequente de temporadas anteriores: quem é de fato Raymond Reddington?
O original morreu (será mesmo?) como sabemos, dentro de casa por um tiro desferido pela própria filha Masha (Elizabeth Keen). A segunda identidade era de Ilya Koslov, na qual acreditávamos até o fim da sexta temporada, mas agora somos “presenteados” com mais uma surpresa, Raymond não é Ilya…e agora?
Com essa descoberta, sentimentos de temporadas passadas seguem a rondar a cabeça dos fãs. Afinal, o que Raymond quer? Porque ele se importa tanto com Elizabeth Keen? Será que de fato ele se importa com ela? No final de toda essa história ele pode ser um vilão pior que o imaginado?
A sétima temporada de The Blacklist é uma volta no tempo para o espectador, com a diferença de sabermos que Katarina está viva, mas até quando o uso dessas reviravoltas funcionarão? A série não parece ter tanta criatividade mais em seu roteiro e a história pede por uma finalização. Não será possível mais envolver o público com tantas reviravoltas que de tão repetidas já se tornaram previsíveis.
Acredito que com muita boa vontade e criatividade dos roteiristas, a série poderia render mais uma temporada, a oitava, porém é difícil enxergar no atual contexto, história para mais que isso. A repetição de “surpresas” ainda não afeta a experiência do público, ainda.