Rick e Morty se popularizaram justamente por terem uma acidez acima da média, deixando programas como Simpsons como mais conservadores, escalonando o grau das bizarrices e das piadas de humor negro. E isso atraiu milhares de fãs, que estavam ansiosos pela quarta temporada.
Qual não foi a alegria da volta da dupla e a surpresa imediata quanto ver que a série chega ao final de sua temporada logo no episódio cinco, frustrando muitos espectadores. Não fez sentido algum.
Com a chegada da Netflix, cada vez mais os episódios passaram a ser disponibilizados juntos e as temporadas serem mais curtas, mas cinco episódios de menos de uma hora pareceu a preguiça digna do Jerry.
Analisando a rápida temporada, o destaque vai para um Morty cada vez mais parecido com o Rick, sem paciência e autoindulgente, o que se diferencia das temporadas anteriores, em que era um menino vivendo aventuras. Agora, parece um aventureiro profissional, e mais do que tudo, manipulador como o avô egocêntrico, que chega ao ápice de criar um planeta para poder ir ao banheiro de forma especial.
Além da brevidade e do crescimento dos personagens, ganha destaque também as clássicas participações especiais, como Liam Cunniham, fazendo um dragão safado, e Sam Neil, sendo um alien dominador.
Para os novos fãs, certamente serão bem-vindos os episódios, mas para quem esperou meses, ficou um amargo na boca e um gostinho de quero mais. Resta torcer para que os produtores e roteiristas tenham o bom senso de não demorar tanto para soltar novos episódios e que caprichem em uma temporada maior.