Star Wars – O despertar da força é um filme arriscado pois mexe com um universo estabelecido há quase 50 anos com milhões de fãs mundo afora.
Ainda assim, o filme se supera. Direção, atores afiados, produção de efeitos técnicos e um roteiro impecável faz do filme um greatest hits de tudo o que o mundo gosta em Star Wars: heróis improváveis, reviravoltas familiares, mortes doloridas, mistério, batalhas espaciais, sabres de luz colidindo, e tudo em um roteiro melhor ajambrado e uma direção competente – requisitos para conquistar uma nova geração de fãs.
O grande receio era de como uma grande franquia seria tratada pela Disney, mas parece que a recepção não foi tão complicada assim. As críticas, contudo, ficaram por conta de achar que o episódio VII copiava muito do episódio IV, contudo convém lembrar que resgatar uma história que terminou na década de 80 e dar continuidade, respeitando o tempo decorrido, uma mística de 30 e poucos anos e atores que moldaram suas carreiras por Guerra nas Estrelas era um trabalho complicado, para dizer o mínimo.
Se a trilogia original tinha os personagens e a história e a trilogia preliminar tinha os efeitos atuais e o dinheiro para investir, a nova trilogia tem ambos com a magia Disney facilmente vislumbrada no xodó BB-8. E se livra do genial criador e péssimo diretor George Lucas e traz alguém que sabe traduzir os tempos atuais para o cinema – ou vice-versa – JJ Abrams.
E com isso, o filme não se sustenta mais somente pela força do mito, mas é o mito em sua melhor e mais altiva forma.