Faustão tem prioridade? Como funciona o transplante de órgãos no Brasil

O apresentador está aguardando a chegada de um novo coração para transplante.

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A notícia de que o apresentador Fausto Silva, amplamente conhecido como Faustão, enfrenta a necessidade de um transplante de coração tem gerado debates em todo o país sobre os procedimentos de doação e transplante de órgãos no Brasil. Faustão, encontra-se internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o início de agosto. Ele está passando por um tratamento intensivo para compensação clínica de insuficiência cardíaca, dependendo de hemodiálise e medicamentos para auxiliar o funcionamento do coração debilitado.

Em um tocante vídeo compartilhado por seu filho em 19 de agosto, Faustão expressou sua atitude resiliente perante a situação, afirmando que ainda não havia falecido e que estava pronto para enfrentar os desafios da vida. Ele expressou sua gratidão à equipe médica e familiares pelo apoio e cuidado, e mencionou que a decisão está nas mãos do poder superior. A notícia levantou questões sobre o processo de doação de órgãos no Brasil. Abaixo estão algumas respostas para as perguntas frequentes sobre doação de órgãos.

Quem Pode Doar Órgãos?

Existem dois tipos de doação: em vida e após a morte. Parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores em vida, enquanto a doação pós-morte ocorre após morte encefálica ou parada cardiorrespiratória. A compatibilidade sanguínea é crucial para garantir o sucesso da doação.

A legislação brasileira exige o consentimento familiar para a doação de órgãos e tecidos. Embora não seja necessário registro formal, informar a família sobre o desejo de doar é fundamental. A falta de informação ainda contribui para altas taxas de recusa familiar em relação à doação.

Não há restrições absolutas, mas critérios como causa da morte, ausência de doenças infecciosas ativas e documentação são levados em conta. Menores de 18 anos sem autorização dos responsáveis também não podem doar.

Qual é a Situação Atual?

Cerca de 66 mil pessoas estão na fila de espera por transplantes no Brasil, com 386 aguardando por um coração. O país possui um dos maiores sistemas públicos de transplantes do mundo, realizando cerca de 20 mil procedimentos anualmente, a maioria pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A lista de espera é única e informatizada, respeitando a ordem de inscrição. Algumas situações clínicas graves podem resultar em priorização. A compatibilidade entre doador e receptor também é um fator importante. O apresentador possui os critérios para passar a frente de outros pacientes que esperam o coração em casa.