A Morte te dá Parabéns 2 continua sendo um bom filme

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Após um primeiro filme surpreendentemente interessante em 2017, que gerou boa repercussão de público e renda, foi natural que viesse uma continuação encomendada pela Universal. Se no primeiro longa, Tree demorou diversas reencenações de seu dia de aniversário (e de sua morte) para conseguir descobrir quem era o assassino mascarado e como pará-lo, agora ela acredita que quebrou o ciclo e vai conseguir seguir adiante. Pelo menos até um acidente científico dar errado e tudo voltar ao que era antes. Ou quase. 

Em A Morte Te Dá Parabéns 2, sua vida até o dia de sua morte segue padrões e escolhas diferentes, então Tree descobre a teoria dos multiversos, e que está presa em uma nova versão da sua vida, com prós e contras. O diretor  Christopher B. Landon resolve ousar e trazer novos elementos de ficção científica para um terror satírico, ainda que mantenha a mesma fórmula que deu certo. É quase como se Pânico tivesse um caso com A Ressaca (Hot Tub Time Machine) e o Feitiço do Tempo, e A Morte te Dá Parabéns 2 fosse o produto dessa misturada toda. E de alguma forma deu certo. 

A protagonista se sente bem à vontade no papel, e tem uma atuação ainda mais desenvolta, gerando momentos de pura comicidade com seu humor já mórbido por estar presa de novo no loop. Enquanto isso, os velhos personagens tem a chance de fazerem novos papeis, com alguns reforços que puxam ainda mais a veia cômica do filme. Isso tudo reforçado por ser um filme fácil de ver, ainda de temática fúnebre. 

O longa vale o tempo que ocupa e entrega uma boa diversão, sem grandes façanhas, que verdade seja dita, em nenhum momento fazem parte da pretensão do filme ou do seu diretor. Uma condução simples, direta e despretensiosa acaba por elevar o filme acima daquilo que dele se espera, com direito a cena pós créditos e uma expectativa para um terceiro longa, que dificilmente fugirá da maldição do terceiro ato, mas que parece ser uma tentação irresistível para a produtora deixar passar.