Cerca de 350 milhões de reais, esse é o investimento que a Netflix pretende despejar em produções brasileiras no ano de 2020. Em entrevista ao UOL, Adrien Muselet, diretor responsável pela aquisição de conteúdos da Netflix comentou:
“Temos uma audiência cada vez maior e cada vez mais direta no Brasil e no mundo. E pretendemos investir no ano que vem tanto em séries feitas no Brasil como em filmes brasileiros. Este ano filmamos Modo Avião com Larissa Manoela. Filmamos uma comédia romântica que se chama Ricos de Amor com Danilo Mesquita e Giovanna Lancellotti. E além disso continuamos investindo em conteúdo licenciável, filmes e séries que estão na Netflix, mas não apenas na Netflix”.
Ainda, segundo o diretor, um fator que pesa consideravelmente na tomada de decisão em investir em conteúdo brasileiro se dá pelos resultados positivos dos conteúdos já criados pelo serviço de streaming nesse ano de 2019. Séries como Irmandade, Coisa Mais Linda, Sintonia e O Escolhido obtiveram resultados satisfatórios, indicando possíveis bons frutos em seguir o plano de investimentos por aqui.
Mas para Muselet, não é apenas no Brasil que esse conteúdo pode fazer sucesso:
“Nos últimos anos a aposta no conteúdo brasileiro começou com uma série, que foi o 3% [em 2016]. E hoje estamos falando em fazer séries, fazer filmes, e investir R$ 350 milhões de produção. Só cresceu desde então. O conteúdo brasileiro funciona muito bem no Brasil e o que vemos é que quando a história é muito boa e bem realizada, a tendência é funcionar também fora do Brasil”.
Os primeiros efeitos desse investimento da Netflix já podem ser visualizados, dois filmes com Leandro Hassum e um reality show com Giovana Ewbanck já foram anunciadas pela empresa de streaming. Não à toa, em busca de surfar essa onda de novas oportunidades de negócio, atores renomados como Bruno Gagliasso buscaram encerrar contratos fixos com emissoras, tendo liberdade para receber e aceitar projetos de serviços de streaming, cada vez mais importantes dentro do mercado artístico.