Rita Lee deixou vários detalhes sobre os seus últimos dias de vida na obra Rita Lee – Outra Autobiografia. Lançado na segunda-feira (22), o livro traz a visão da cantora sobre diversos aspectos relacionados à vida e ao falecimento. Adotando uma postura muito verdadeira com o seu público, a celebridade explicou o porquê de decidir pela cremação de seu corpo após o óbito.
De acordo com a visão de mundo de Rita Lee, a Terra pertenceria às pessoas vivas. Com efeito, a cantora via um certo desperdício de espaço nos cemitérios, os quais poderiam ser transformados em lugares aptos à utilização pelos seres humanos que ainda povoam o planeta.
“Tenho certa implicância com cemitérios. Lá, até há monumentos bonitos e rola uma paz em meio aos monólitos de cimento e anjos de mármore em respeito aos mortos. Mas acho que túmulos ocupam o lugar de pessoas vivas, e que cemitérios poderiam virar parques e praças, quem sabe até moradias”, escreveu a cantora em uma das passagens da obra.
Rita Lee deu destinação às suas cinzas
Ainda sobre as decisões pós-morte, Rita Lee prescreveu à sua família qual seria a destinação de suas cinzas. Segundo ela, o material deveria ser despejado em sua horta caseira, mantida sem o uso de agrotóxicos.
“Quero ser cremada e ter as cinzas jogadas na minha horta caseira sem agrotóxicos para me transformar numa alface suculenta”, escreveu.
Rita Lee cogitou autoextermínio
A cantora sugeriu a possibilidade de recorrer ao autoextermínio assistido em virtude do medo de sofrer dores em meio ao tratamento contra o câncer terminal com o qual foi diagnosticada. A cantora disse ter relembrado o sofrimento enfrentado por sua mãe em meio aos tratamentos oncológicos antes do falecimento.
Em vida, Rita Lee deixou o marido, Roberto de Carvalho, e três filhos: Antônio, Beto e João. Os quatro rapazes ficaram encarregados do cumprimento dos últimos desejos da celebridade.