A jornalista Glória Maria, que faleceu na última quinta-feira (2), entrevistou diversas celebridades do Brasil e do mundo. Seu brilho nesses encontros cativava os convidados e era impossível de se pensar que alguém não quisesse conversar com ela.
Contudo, um dos homens mais poderosos do Brasil negou entrevistas a ela e a odiava publicamente. Além disso, a mamãe de Laura e Maria foi humilhada em algumas situações, enquanto trabalhava como repórter da emissora dos Marinho.
Glória Maria foi humilhada e odiada
Um homem deixava claro para quisesse perceber, o desprezo e o ódio que sentia por Glória Maria, tanto que a expulsou de alguns eventos. O general João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura miliar, não suportava a presença da jornalista e a sua coragem em algumas perguntas.
“Ele me chamava de ‘aquela neguinha da Globo’, pra você ver o que é o racismo”, falou durante uma conversa com Marília Gabriela. O embate entre ela e o general aconteceu depois de ele vencer a eleição indireta para presidente da República. A jornalista relembrou que ele mandava a colocarem bem longe nas solenidades, mas ela conhecia os segurança, que a colocavam na primeira fileira de repórteres.
Além de demonstrar esse desafeto, o general cometia até alguns atos de humilhação enquanto ela era repórter da Globo. “Era uma demonstração mais do que de racismo, de machismo. Ele era difícil”, falou. A repórter acrescentou que quando o general o olhava era visível a sua transformação, que mandava retirá-la do local e que esse cenário aconteceu até o fim dos seus dias como presidente.
General era presidente de fundador e presidente da Globo
João Figueiredo era amigo de Roberto Marinho, presidente e fundador da Globo. Apesar dessas situações vividas com o general, Glória Maria afirma que nunca foi censurada dentro da emissora.