Caso Miguel: ‘Fiz tudo que podia e, se pudesse voltar no tempo, eu voltava’; desabafa Sari

PUBLICIDADE

Sarí Gaspar Corte Real, ex-patroa da mãe de Miguel, o menino que caiu do 9º andar de um edifício luxuoso em Recife, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre a morte da criança. O caso Miguel provocou grande comoção no Brasil e se tornou assunto nas redes sociais.

“Eu sinto que eu fiz tudo que eu podia e, se eu pudesse voltar no tempo, eu voltava. Se eu soubesse que tudo isso ia acontecer, eu voltava e ainda tentava fazer mais do que eu fiz naquela hora”, disse a primeira-dama da cidade de Tamandaré, que estava responsável por cuidar do menino, quando a tragédia ocorreu.

Sarí Corte Real concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Fantástico. Foi a primeira vez que ela abordou o assunto publicamente e revelou detalhes do que teria acontecido no dia 2 de junho, data da morte do pequeno Miguel, de cinco anos. Nesta última quarta-feira, 1º de julho, Sari foi indiciada pela justiça por abandono de incapaz que culminou na morte da criança.

Relembre o caso

De acordo com informação da polícia, o menino saiu do apartamento da primeira-dama para procurar a mãe. Ele foi para os elevadores do prédio e imagens gravadas pelo circuito interno mostram o que aconteceu. Por quatro vezes, Sari Corte Real conseguiu convencer a criança a sair do elevador. Contudo, na quinta tentativa, Miguel acabou apertando vários botões e ficou sozinho dentro do elevador.

Nas imagens ficou parecendo que a ex-patroa de Mirtes apertou o botão da cobertura, de acordo com a investigação, o toque realmente aconteceu. No entanto, a criança teria parado no segundo andar, mas não desceu. Já no nono andar, Miguel saiu e abriu uma porta. De acordo com os policiais, o garoto acabou escalando uma janela e usando a condensadora de ar-condicionado como escada para tentar descer do outro lado.

Miguel subiu numa grade e uma das hastes acabou se soltando o que culminou em uma queda de 35 metros de altura.