Um momento ‘mico’ e preocupante chamou a atenção dos telespectadores da Rede Record de Televisão durante a cobertura das manifestações que ocorrem em todo o país envolvendo a paralisação de rodovias. Não aceitando a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, muitos apoiadores decidiram interromper o fluxo rodoviário do país, interditando arbitrariamente as estradas.
Equipes de televisão que cobrem o local também estão sofrendo ataques, sob argumentos diversos. Nem mesmo a Record foi poupada de críticas e agressões. Uma equipe da afiliada da emissora de Edir Macedo, em Santa Catarina, foi hostilizada por pessoas que estavam na rodovia BR-470.
Repórter da Record é confundido com o da Globo por manifestantes bolsonaristas
Quem estava fazendo a transmissão ao vivo era o repórter Stêvão Limana e o seu operador de câmera, Lucas Fernandes. Ambos foram duramente hostilizados pelos bolsonaristas, que pediram que ele não filmasse seus rostos. Alguns chegaram a dizer que ele era da TV Globo, o que não era verdade.
Entretanto, Stêvão fazia uma transmissão ao vivo para o jornal local da afiliada da Record. Um dos homens pediu que ele “apagasse” as imagens da câmera. “Apaga isso agora”, disse o bolsonarista. Veja abaixo o vídeo do momento.
🚨ATENÇÃO: Repórter da RecordTV é atacado por bolsonaristas durante paralisação em Santa Catarina. pic.twitter.com/czBDs2da41
— CHOQUEI (@choquei) November 1, 2022
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Âncora da Record se revolta com tratamento dado à imprensa por manifestantes
Mesmo tendo explicado ser da Record, os manifestantes bolsonaristas continuaram agredindo com ameaças o jornalista. Nos estúdios, o âncora do telejornal local ficou indignado. “Que democracia é essa? Que respeito é esse?”, questionou.
Limana, que fazia a reportagem na rua, disse que ficou com medo. Em entrevista para o ND+, o jornalista lembrou que cumpria seu dever como profissional das comunicações.