O que é sexy? Um rosto bonito? Um corpo em forma? Roupas, andar, sorrisos e olhares? Baseado nessa pergunta, o novo filme estrelado por Amy Schumer vem propor uma interessante discussão sobre beleza, confiança e os parâmetros da felicidade baseados na sensualidade.
Alguns poderão dizer que se trata de uma premissa antiga, explorada por Jack Black e Gwyneth Paltrow em O Amor É Cego, mas a ótica é diferente e a conclusão, mais madura no novo longa. No lançamento, uma simpática e gentil gordinha tem uma vida de pouca exposição, trabalhando de forma invisível em um porão, e vivendo uma vida social recatada ao lado de duas amigas também não tão chamativas.
Tudo muda durante uma aula de spinning, quando ela sofre um acidente e bate a cabeça, passando a se ver como a mulher mais sexy do mundo, o que acarreta em uma série de mudanças na sua vida social, profissional e amorosa. Reviravoltas e tiradas de sarro clássicas da comédia americana à parte, o que o filme tem de mais interessante além de algumas risadas esperadas e muitos momentos constrangedores? Uma poderosa mensagem.
Não importa o quão objetivamente bonito alguém seja, se essa pessoa não tiver confiança, a imagem que ela vai passar é uma imagem pouco atraente. A atratividade vai muito além da academia, dinheiro, poder ou títulos que a pessoa tenha, e uma vez que a pessoa se sinta segura sobre sí mesmo, e confie no seu potencial, grandes coisas podem ser atingidas.
Coisa rara achar uma comédia com uma mensagem tão forte, em tempos de valorização cada vez mais do avatar construído nas redes sociais através de meias verdades, muitas liberdades poéticas e incontáveis filtros.