De um lado estão as pessoas que afirmam que não, que jogador de futebol só precisa ter boa saúde física e saber assinar o nome. Do outro alguns que afirmam que sim, que jogadores de futebol – assim como atletas de outras áreas – precisam estudar.
Por muitos anos, no Brasil, se falava que jogador de futebol era profissão de gente burra, de gente que queria crescer na vida e poder ostentar sem passar anos numa sala de aula, como a maioria das pessoas bem-sucedidas da época.
E, por um tempo, até era, de certa forma, verdade. Não são poucos os jogadores de futebol que mal e mal terminaram o Ensino Médio, ou que nem chegaram a terminar.
Isso acontece porque, muitas vezes, os garotos que almejavam o sucesso no esporte precisavam escolher entre estudar e jogar, estudar e trabalhar, ou trabalhar e jogar. E como a maioria precisava ajudar no sustento da família, mas ainda gostava de jogar bola, eles escolhiam trabalhar e continuar no futebol.
Sendo assim, muitos garotos novos saiam da escola antes de terminá-la, ou iam direto pro mercado de trabalho quando terminavam o 2º grau.
Porém, atualmente, está cada vez mais claro os malefícios que isso poderá causar no longo prazo.
Um exemplo disso é Caio Martins – jogador brasileiro que, atualmente, mora em Portugal e que já jogou em clubes como Custóias, Perafita e Foz Futebol Clube – que, na infância e juventude, nunca gostou de estudar, e correu pra BEEEM longe das salas de aula assim que concluiu o Ensino Médio.
Porém, assim que chegou em Portugal para perseguir seu sonho de ser jogador de futebol, se arrependeu firmemente de não ter se dedicado mais aos estudos quando era jovem.
Caio percebeu que os estudos, mesmo não sendo algo tão “positivo” no nosso país (pelo menos não quando o comparamos com outros países semelhantes), são importantes para te dar uma noção de que algo existe, para caso você precise utilizar em algum momento da sua vida.
Caio afirma:
“Os estudos te dão uma base para que você possa gerir seu dinheiro, tenha conhecimentos gerais e adquira um pouco de vivência. Apesar de essas coisas não serem ensinadas na escola, vejo que poderia ter me dedicado um pouco mais na minha juventude, já que o estudo te abre muitas portas, te torna uma pessoa melhor e você tende a receber VÁRIAS oportunidades que não teria sem os estudos”.
E acrescenta:
“Por exemplo, eu aprendi inglês e espanhol ‘por obrigação’ aqui na Europa, mas poderia ter aprendido MUITO antes, porque sempre tive essas matérias na escola e nunca liguei muito”.