A Maldição da Residência Hill é belo exemplo de terror atual

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O terror sempre foi um gênero complicado. Reflexo de seu tempo, dos medos e anseios da sociedade, é muito fácil se perder em exageros de sustos baratos e terrores induzidos por efeitos especiais. Por isso são cada vez mais raros os bons terrores.

A Maldição da Residência Hill tem uma abordagem muito interessante. Um casal com 5 filhos pequenos se muda pra uma casa afastada, para reformar e vender. A mãe sensível e o pai pragmático. O problema é que a casa começa a manifestar diversas aparições, especialmente para as crianças mais jovens, o que marca a família pra sempre. A narrativa alterna a infância e a vida adulta de cada um, e como os estranhos acontecimentos na Residência Hill afeta cada um deles, suas vidas pessoais, profissionais, suas escolhas e personalidades.

O terror começa intenso. Um marcante acontecimento na casa que marca pra sempre a infância dos protagonistas, mas que não é explicado, senão aos poucos. E todos os bons sustos que se espera. Mas algo interessante ocorre, a narrativa passa a ser mais envolvente que o terror. Os sustos passam a ter contexto claro, até que a temporada chega em um momento de equilíbrio. no qual cada sustos tem uma razão de ser e um propósito na história. 

Baseado em um livro da década de 50, A Maldição da Residência Hill se faz valer de um suspense crescente, e lembra em muitos momentos as obras de Stephen King, com muitas referências ao Iluminado. Ou seja, se inspira no melhor. Até mesmo um quarto proibido faz parte da história.

Resumindo, um terror bem feito, de história envolvente, produção interessante que atrai tanto pelo terror em si como pela descoberta dos enigmas e do quebra-cabeça que envolvem o voluntarioso tabuleiro que é a Mansão Hill.