Justiça toma decisão sobre Globo e Drauzio Varella, após abraço do médico em mulher trans na cadeia

Pai de menino morto pela mulher trans Suzy processou a Globo e o médico, mas perdeu na Justiça.

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Em março de 2020, a Globo exibiu reportagem no Fantástico para falar sobre a vida das pessoas trans em presídios brasileiros. Durante a exibição, Drauzio Varella conversou com uma mulher trans chamada Suzy de Oliveira. Condenada a 36 anos e 8 meses, ela não recebia visitas na cadeia havia oito anos.

Drauzio se levantou de seu lugar e foi dar um abraço em Suzy. A princípio, a imagem gerou comoção. Logo depois, porém, foi divulgado que Suzy havia abusado e matado uma criança de nove anos. O caso teve repercussão nacional e Globo e Drauzio Varella foram muito criticados.

O pai do menino morto por Suzy processou o médico e a Globo. Ele chegou a ganhar a ação de R$ 150 mil em primeira instância, mas as partes que perderam recorreram. Na segunda instância, 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo deu vitória para a Globo e para Drauzio Varella.

Justiça livra Globo e Drauzio Varella de pagar R$ 150 mil de indenização

O pai do menino morto por Suzy processou a Globo e Drauzio Varella e alegou danos morais e danos materiais. Na primeira instância, a Justiça concordou. Na segunda, o TJ-SP deu a causa como perdida para o autor da ação. O desembargador Rui Cascaldi entendeu que a Globo errou ao não mencionar os crimes de Suzy.

Apesar disso, ele entendeu que não caberia o pagamento de indenização ao pai do menino morto por Suzy. O desembargador disse entender a revolta do pai da criança, mas afirmou que a reportagem não pode ser direcionada “ao saber da sua vontade pessoal”. Este trecho foi divulgado pelo site Notícias da TV. Ainda cabe recurso no caso.