O cantor Wesley Safadão e sua esposa, Thyane Dantas, foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por dois crimes diferentes, durante a vacinação contra a Covid-19: corrupção passiva privilegiada e peculato.
De acordo com informações trazidas pelo site Splash, do UOL, Wesley e Thyane foram arrolados no caso, com uma servidora da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, na manhã desta sexta-feira (04/02), dois dias após o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) liberar as investigações pelo MPCE. A ação havia sido paralisada em novembro de 2021, por conta de um habeas corpus.
O crime do qual o cantor é acusado teria acontecido durante o começo da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Wesley e sua esposa teriam tomado a primeira dose da vacina fora da área permitida para a faixa etária deles. De acordo com a denúncia do MP, o caso envolveu também servidores efetivos e terceirizados da SMS de Fortaleza. Assessores e amigos do cantor também teriam agido para a realização do ato.
Wesley Safadão e sua esposa podem responder por crimes na Justiça
Segundo o site Splash, que diz ter entrado em contato com a assessoria de Wesley Safadão, o artista irá entrar com recurso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A ideia é barrar a denúncia. A resposta foi dada por meio de uma nota.
A vacina foi aplicada em Thyane Dantas na época, e ela foi fotografada no momento em que recebeu o imunizante. O caso veio à público e revoltou cidadãos que esperavam pela oportunidade de se vacinar ainda no auge da pandemia.
Na época, Thyane alegou que tomou a dose da “xepa” da vacina. A prefeitura da capital cearense desmentiu. “Wesley […] mobilizou servidores efetivos e terceirizados, além de assessores próximos para que fosse viabilizada a imunização dele com a vacina da Janssen”, destaca a denúncia do MPCE.
O MPCE suspeita que o cantor teria mudado o local onde estava agendada a sua vacinação com o objetivo de escolher a marca do imunizante. O caso foi apurado pela Delegacia de Combate à Corrupção de Fortaleza. O cantor e sua esposa falaram a respeito, prestando depoimentos.
Houve, entretanto, uma oferta do MPCE ao casal para que Safadão, Thyane e a servidora pagassem, em dinheiro um valor que os absolveria em um Acordo de Não Persecução Penal. Eles não aceitaram o acordo.