Neste domingo, 16, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal rejeitou um processo que pedia a prisão do âncora do Jornal Nacional, da Globo, William Bonner, por incentivar a vacinação contra o coronavírus em crianças e adolescentes.
Wilson Issao Koressawa, signatário da ação, acusou o jornalista de ter supostamente participado de uma organização criminosa, composta por outros profissionais da Rede Globo, para comentar sobre os impactos positivos da imunização em meio à pandemia do coronavírus.
E não foi só isso. Ainda na ação, sem apresentar provas, Wilson chegou a acusar Bonner de outros crimes, como de indução de pessoas ao suicídio e até mesmo de causar epidemia. Ele pediu que o jornalista fosse proibido de incentivar a imunização obrigatória de crianças e adolescentes e ainda de fazer exigência de passaporte sanitário.
Agora, a juíza Gláucia Falsarella Pereira Foley considerou a ação contra Bonner como ‘descabida’. A magistrada destacou que a Justiça não pode afagar delírios negacionistas e ainda que o autor da ação não tem nenhuma legitimidade para pleitear a prisão preventiva.
Procurado, o jornalista William Bonner não quis comentar sobre o assunto.
Vale lembrar que na última sexta-feira, 14, a imunização de crianças contra a Covid-19 teve início no Brasil com a vacinação do pequeno indígena Davi Xavante, de 8 anos.
A vacinação infantil não é obrigatória, contudo, os pais que optarem por não vacinar seus filhos precisam saber que podem ser multados ou, em alguns casos, até perder a guarda da criança.